quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

19º aula: Galera Unida!

Amanhece o dia e o sol brilha para todos, sem distinção para aqueles que merecem vê-lo brilhar, quanto aqueles que não merecem. O teatro social se repete, ao cantar do galo, e as pessoas fingem viver ou ensaiam pra vida. Feito fantoches sob o comando de culturas diversas, culturas que se entrechocam. Queremos encontrar sentido para a convivência, e porque miseras individualidades necessitam de tanta individualidade, que girem na mesma orbita, vibram na mesma freqüência para que formem uma coletividade. Vibram na onda da condição humana, onde o inconsciente coletivo, segunda Jung, o psicanalista, nos incorpora e nos unifica. Porque ainda combatemos uns aos outros, se nos todos somados, somas subtraídas a um só corpo. O preconceito e os impasses, sócios culturais são nódulos que afetam a redes da humanidade. O conjunto nos completa a um só organismo.

17º aula: Para sempre o arraial

Uai bem, mas nois é da roça! Mais nois num gosta de durmi cedim não, nois num fica com as galinhas! Nois gosta dum agito! Eis a cultura uberabense. O pasto toma conta de Uberaba e a sua cultura se arraiga na terra do zebu com a força de um touro e com a fertilidade de uma vaca prenha. Isso é inegável! O sertanejo universitário é uma mistura do Café com leite de Minas Gerias com São Paulo. Essa Uberaba parece um eterno Arraial da Farinha Podre. A universidade de medicina atende mais as vindas de fora do que as daqui de dentro. Porque estamos na terra do agronegócio, onde as tetas das vacas são tão sagradas quanto na Índia, onde até o gado vale muito mais do que muito de seus moradores. E os demais estudos e faculdades perdem espaço para o processo de ruralização enraizada na cidade de Uberaba. Essa cidade para todos há muito tempo virou uma cidade para bois, capitões do mato e coronéis, como dizia o jornalista Doca em 1920. Ainda insisto, não é só a farinha que está podre neste arraial.

Observatório da imprensa: Mercado Religioso

Sarava! Amin Taf! Amém! Shalom!Ba guan Keliwê! Que asim seja! A religiosidade se expalha, a fé se ramifica a novela falando de Shiva, e o terrorista matando em nome de Alá, e a testemunha de Jeová roubando em nome de Deus. Testemunhas? Se casamento também fosse bom não precisaria de testemunha e nos altares cenográficos, reproduzem as igrejas, e nas telas do cinema, a fé é parte em briga com a ciência, como faz Anjos e Demônios. A fé e religiosidade é assunto de grande repercussão, como observamos na produção do ainda não estreado filme de Chico Xavier, esta que tento se apresentou na Pinga Fogo, que rendia mais de duas horas e meias de audiência explosiva, onde a grande São Paulo parava para ouvir o médium espírita. Se a fé move montanhas, quanto dinheiro pode então mover a fé. Não é falta de fé da minha parte, mas reconheço que muitos altares e terreiros se converteram em balcões de negocio onde a crença é conhecida em cédulas divinas.

16º aula: Descartes consumita

Compro, logo existo! Esse é a verdadeiro lema do capitalismo. Compramos para nos sentirmos bem e trabalharmos para a manutenção do bem e trabalharmos para a manutenção do bem estar da auto-estima, que só pode ser associada às compras. Se na idade da pedra a idéia de que o sangue da barbárie abrandava o espírito selvagem. Hoje sabemos que o achando a nossa alma é poder capital. Mas a consumismo propaga nas ruas que estamos insuficientes magras, insuficientes modernos, ou seja, você é a top brega do momento enfie logo a mão no bolso, gaste e seja feliz. Dinheiro não trás felicidade.
Veja as notas de dólar George Washington parece ser o homem mais bonito do mundo, mas sempre é carrancudo. Não existe prova mais clara que dinheiro não trás felicidade, é gasta-lo que tem deixado as pessoas felizes. Se não puder gastar dinheiro é como ter uma coleção de cruzeiros, mas não pode comprar uma bala. Se não pode consumir, você está perdendo o valor.

15º aula: Trans forma

Metamorfoses e impermanencias! A necessidade de transformação, adaptação e inovação nas impulsionou em todas as épocas da humanidade. Impulso que faz da lagarta se elevar ao fascínio da borboleta, é o mesmo que arrancou o homem do charco da ignorância para os cimos da intelectualidade. Obedecendo a lei do progresso, que despreza a inércia, qual nos ensina Heráclito, o filosofo grego sobre a impernanencia das coisas. Heisenberg o físico que asseverava que hora somos a onda da possibilidade, hora a partícula da experiência. Mergulhamos no olho do furacão das mudanças, e quando estupefatas admiramos este brejo de alternâncias, observamos a beleza dos lírios, mas também a feiúra dos sapos...

14º aula: Nos domínios do Nada

Quantas perguntas serviram de motor para as conquistas e quantas coisas o homem já criou. Algumas bastante úteis já outras... Se tem alguma utilidade, ela inda não foi inventado. Mas aguardemos: existe louco para tudo e não há nada que a imaginação não crie!
Brincamos de ser Deus, e que seja feita a nossa vontade. Ordenamos: Que se faça a luz ou os cálculos e ambos se fazem. Buscamos um significado para vida, mas nem mesmo sabemos o que ela é. Inventamos coisas, temos as pessoas por perto e usamos nossas coisas, embora vivemos em um mundo onde em geral, se tem as coisas e usa-se as pessoas.
Tudo queremos para satisfazer nossos desejos, antes de calarmos na noite do tumulo, em experiência ligeira da vida. Quando se vê a vida se foi e o que resta? Pó e nossos inventos. Criamos e pensamos demais, mas sentimos de menos. Nos mares culturais somos os timoneiros sem morte, perdidos no meio de nossas criações e meio aos vultos já criados.Aprendemos equações, a historia, as línguas, mas não aprendemos a amar. Não podemos inventar o amor. Então nada somos...

 

terça-feira, 22 de setembro de 2009

12º aula: Cadê a capeta!

Mensagens subliminares! Só de pensar dar um arrepio na nuca. Para quem não sabe nem o que significa mensagem subliminar. Já estão a esperando uma imagem de mulher pelada no fundo, no canto, em algum lugarzinho o que só sua mente tarada pode ver, ou sinistro de alguma cruz de cabeça para baixo ou o numero da besta!Besta! Besta são esses que acham que mensagem subliminar tem relação com filme de terror. Que mentes de depravadas. Pra quem gosta de ler os romances de Dan Brown já estão muito bem norteados, às vezes, ate demais... Procurando coisa onde não tem. Esses são os paranóicos, esquizofrênicos, sei lá, num estudo psicológico, mas enfim, numa linguagem popular, estão procurando chifre em cabeça de égua. Mas não é que eles encontram!